O artigo, poético, foi enviado ao jornal El Nuevo Dia e também publicado em seu site oficial. O cantor relata que o desabafo foi gerado por notícias recentes que “mexeram” muito com ele e diz ser “impossível acreditar que continuamos a lidar com tais situações de violência devido à falta de respeito pelos direitos dos outros” em pleno século 21.
“Embora eu sempre ande pela vida tentando agarrar as coisas positivas que ela me dá, e eu faço tudo que posso para manter uma atitude otimista, há momentos em que tenho de reagir. Chame-me de romântico ou de irrealista. Talvez seja um mecanismo de defesa. Ou quem sabe eu sou alguém que quer quebrar a corrente de pensamento destrutivo que tanto poder outorga ao negativo e facilmente envenena a alma. Nestas semanas tenho lido muitos artigos na imprensa que mexeram comigo e, infelizmente, esses eventos estão acontecendo em todo o mundo e em várias ocasiões. Falo de discriminação, seja por raça, sexo, nacionalidade, religião, etnia, deficiência, orientação sexual ou filiação política", relata o cantor no texto.
Ricky Martin se refere, entre outros fatos, à morte do adolescente George Steven Lopez, encontrado queimado e decapitado na cidade porto-riquenha de Cayey no mês passado. Acredita-se que o crime tenha sido motivado por homofobia.
“A morte de James Byrd, como Matthew Shepard, George Steven Lopez, Lucero Marcelo, Luis Ramirez, entre muitas outras vítimas de crimes violentos de ‘ódio’ deve ser inaceitável para todos os seres humanos porque somos todos seres humanos”, conclama em outro trecho o cantor, que é pai de gêmeos através de barriga de aluguel.
O astro pop justifica seu desabafo se posicionando como advogado e ativista dos direitos humanos e afirma que uma das coisas mais importantes que aprendeu ao longo de sua vida foi buscar sempre sensibilizar as pessoas contra as injustiças do mundo. “Como um defensor dos direitos humanos, meu objetivo é ajudar a encontrar soluções para essas injustiças e por isso pergunto: 'Qual é, meu mundo?'"
Ricky Martin finaliza o artigo afirmando que aceitar a diversidade é o primeiro e mais importante passo para eliminar os crimes de ódio e unir a humanidade em paz. “Se nós a aceitarmos, a humanidade vem junto. E se a humanidade está unida, a igualdade de direitos humanos se torna uma realidade. Se a igualdade de direitos humanos se torna uma realidade, a paz está ao nosso alcance”.
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