Estilista Carlos Tufvesson faz ativismo LGBT antes de desfile no Fashion Rio

Cores fortes foram as tendências apresentadas por Carlos Tufvesson no Fashion Rio
O desfile do estilista carioca Carlos Tufvesson foi o mais concorrido da última segunda-feira, 8 de junho, no Fashion Rio. Antes do desfile Tufvesson foi cercado por jornalistas, e, ao contrário do que se esperava, Carlos não falou do desfile, mas dos direitos LGBT, ou da falta deles. Lembrou a história dos 40 anos do Stonewall Inn, marco da história gay no mundo, e reclamou a falta de reconhecimento dos direitos constitucionais aos LGBT.

Famosas como Christiane Torloni, Lavínia Vlasak, Daniela Escobar e a ex-miss Brasil Natália Guimarães marcaram presença no desfile, que começou com mais de 45 minutos de atraso por conta do governador e do prefeito do Rio, Sérgio Cabral e Eduardo Paes, que estavam com assentos reservados na primeira fila.

Torloni e Vlasak eram as mais empolgadas com o desfile e não economizaram elogios ao estilista. "Espero que essa coleção seja tão maravilhosa quanto tudo o que ele faz. Minha expectativa é que vou continuar lutando sempre para caber nas roupas dele", disse Torloni ao G1. Vlazak foi um pouco além e em sinal de reverência se ajoelhou aos pés de Tufvesson, que em retribuição, abraçou a atriz.

O estilista trouxe à passarela uma onda disco e mostrou um verão de tecidos brilhantes, modelagens curtíssimas e cores fortes, como o amarelo e o rosa.

Ativismo LGBT
O estilista passou a integrar em maio passado o Conselho dos Direitos da População LGBT do Rio de Janeiro, inaugurado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral.

Ao G Online, Tufvesson contou que a principal função do Conselho é a de incentivar a criação de políticas públicas para os LGBT em todos os âmbitos. "As reuniões devem ser quinzenais e votaremos em projetos para todas as secretarias, como a da educação, saúde, esportes..."

A iniciativa faz parte do movimento "Rio sem Homofobia", que será lançado no dia 28 de junho, e promete reforçar o time que defende a aprovação urgente do PLC 122/2006, que criminaliza a homofobia em âmbito nacional e trãmita no senado.

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