deputada federal Cida Diogo, presidente da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania GLBT, pediu ao governador do Rio de Janeiro “total empenho das instituições policiais do Estado nas investigações e conseqüente punição aos agressores do jovem Ferruccio Silvestro de 19 anos”, que teve o rosto desfigurado em ataque na madrugada do dia 30 de novembro, em Niterói, após sair de uma boate GLS com um grupo de amigos. Em ofício, que também foi encaminhado ao Secretário de Segurança e à Secretária de Direitos Humanos, a deputada diz ser “inadmissível que ainda haja tanta intolerância a ponto de se chegar a esse tipo de ação violenta contra um ser humano, pelo simples fato de ter uma orientação sexual diferente da maioria de uma sociedade hipócrita”. A agressão contra Ferruccio mobiliza grupos de defesa dos direitos homossexuais e a comunidade gay do Rio e do país. Uma comunidade no orkut foi criada por amigos do jovem para denunciar a agressão e uma Caminhada pela Paz está sendo organizada pelo Grupo Diversidade Niterói, Diversitas UFF, Núcleo GLBT do CACO-UFRJ e Grupo 7 Cores. A manifestação está prevista para a próxima quinta-feira, às 18 horas, na Praça da Cantareira, em Niterói.
Entenda o caso
Entenda o caso
No dia 30 de novembro, Ferruccio, que faz cursinho pré-vestibular, foi com um grupo de amigos a uma boate de Niterói que costuma freqüentar. Após deixarem a casa, os agressores se aproximaram e os interpelaram, perguntando se eram gays."Quando chegaram em mim e perguntaram se eu era gay, respondi que não, pois sabia que não iria sair coisa boa", contou o jovem à imprensa. Ao perceber que seria agredido, Ferruccio correu até um posto de gasolina para se refugiar. “Corri muito, uns 400 metros, da boate até um posto de gasolina. Lá pedi ajuda a um motorista de kombi e ele me disse pra eu sair sozinho da confusão que eu arrumei. Tentei me esconder numa parte do posto em obra, mas eles me acharam e começaram a bater. Só lembro depois de acordar no hospital”, relatou o estudante alguns dias após a agressão. Uma amiga do jovem chamou uma ambulância que o levou para o Hospital Universitário Antônio Pedro. Cheio de hematomas no rosto e com um coágulo na cabeça, mas que não deve ter seqüelas, Ferruccio registou o caso na 76ª DP (Niterói) e passou por exame de corpo delito no Posto de Polícia Técnica de Tribobó, em São Gonçalo.“Quero muito que eles sejam encontrados. Quero que as pessoas tenham liberdade pra sair”, pediu o estudante.Na última sexta-feira, dia 07 de dezembro, três suspeitos foram apontados, através de ligações telefônicas, como os agressores, segundo matéria publicada pelo portal de notícias G1.
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