Mais de 50 mil saem às ruas de Roma para pedir união livre para gays e héteros já

No último sábado, dia 10 de março, mais de 50 mil manifestantes saíram às ruas da capital da Itália para reivindicar que o Parlamento italiano aprove o projeto de lei que reconhece juridicamente as uniões livres, tanto entre casais do mesmo sexo, como do sexo oposto.“Foi a maior reunião de pessoas já organizada na Itália para reclamar uma lei sobre as uniões civis”, declarou Alessandro Zan, coordenador da manifestação. Os manifestantes ocuparam as principais ruas do centro de Roma portando centenas de bandeiras do arco-íris e faixas e cartazes onde pediam que os deputados “despertassem” para a necessidade de reconhecimento dos direitos gays. "É hora de despertar não somente a classe política, que se opõe há anos aos direitos para os homossexuais, mas também a hierarquia católica, que impõe verdadeira uma ditadura clerical ao país", declarou à AFP Franco Grillini, presidente do grupo de defesa dos direitos homossexuais Arcigay e deputado democrata. Contra-ataque do VaticanoIncomodados com a repercussão do ato do sábado, os dirigentes do Vaticano, contrários à aprovação da lei, resolveram contra-atacar. Nessa segunda-feira, dia 12 de março, o jornal oficial do Vaticano, o L'Osservatore Romano, criticou a manifestação dizendo que a mesma, “muito além da imagem burguesa e tranqüilizadora que se queria passar, deu lugar a loucuras mascaradas e carnavalescas”. O jornal ainda acrescentou, segundo reprodução da agência ANSA, que a manifestação teve “irônicas e histéricas exibições por parte dos que invocam reconhecimentos e não mostram respeito".